terça-feira, 8 de abril de 2008

carta a quem nem me importa

Eu resolvi que vou escrever todo dia. Isso, todo santo dia, aqui nesses 3 blogs empoeirados. Hoje meus dedos entre teias de aranhas dançaram, e vê-se, estou ridiculamente poética. Sei que é ruim e de melhora já não tenho esperança e não é o foco. É que falta, é que o vazio pesa, talvez porque esteja cheio, e talvez porque baste sem saciar publicar, publicar, publicar. Vaidade, mas individual. Ou nem tanto. Enfim, é atitude puramente egoísta, é escravidão, eu resolvi, mas sabe-se, não fui eu. Que matei a poesia, quem dera ter sido. Escrever para alguém além de mim, ah não, as pessoas, as que estimo, merecem palavras faladas. No ouvido, no olho, na carne, nas unhas cravadas. Escrever para o amor, ah não, que eu vejo agora, quando o amor está perto, que é o amor que me importa, ele merece uma fala. Escrever é para mim, isso é claro, hoje.
A quem me importa, palavra falada.