Eu poderia desandar a falar mal de Curitiba, e com razão. Poderia desandar a falar mal da humanidade, e com razão. Mas todo mundo sabe como é a humanidade e logo, como é Curitiba. Ademais quero falar de um tipo de costume por aqui, a cidade do melhor transporte coletivo do Brasil, sil, sil.
Então, em sendo o melhor transporte coletivo do Brasil, sil, as pessoas só andam de ônibus. Eu mesma passo dentro deles umas 5 horas por dia. Pra ver como eles são agradáveis. Ultimamente têm musuquinha, quem dera quedar-me sola num ônibus desses, ouvindo o Barbeiro de Sevilha feito por programa de computador. Tirando todas as pessoas, que mais parecem animais quando adentram esses veículos. Mas a coisa mais triste, deprimente, realmente miserável, é flertar no ônibus. Naquela situação, valha-me Deus! Você em pé, sendo esmagada, suada, cabelos desgrenhados, mal podendo segurar-se e às suas mil bolsas, quando um sujeito de gel no cabelo e walkman no ouvido pensa que flerta com você! E o pior é que por alguma razão inexplicável você nhão consegue deixar de olhar para o dito cujo, o tópico machão mal-educado que, ao invés de querer flertar naquela situação ridícula lançando olhares sedutores (ele assim os considera), bem que podia dar seu lugar, está sentado o infeliz, confortavelmente enquanto eu de pé desde as 6 da manhã. Podia ao menos pedir para segurar a bolsa. É, nessas horas minha gente é olhar a lua lá fora se não estiver nublado.
Então são 314 anos sambando na lama! Literalmente, a lama é muita em "Muitos Pinheiros". De tupi-guarani, ficou só o nome?
quinta-feira, 29 de março de 2007
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Um comentário:
Eu adoro estórias de ônibus. Seria possível escrever trilhares de terabytes dessas. Malditos sejam esses transportes.
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