segunda-feira, 25 de junho de 2007

Para onde

O que acontece que a vida se extingue
Ficam perguntas
Para onde vai?
O que era, para ir-se com tanta facilidade?
A nossa fragilidade
A do nosso corpo
Que leva junto a alma, imaginação, universo abismo profundo
Um minuto viva
Outro coisa
Mole
Os braços sem movimento
Se pegam sua mão e levantam, cai
Boneca.
Antes liberdade, sonhos, olhos brilhando
Agora
Uma coisa como esta garrafa d’água ou esta mesa.
Onde está?
E onde estamos
Todos nós continuamos
Somos indivíduos ou uma espécie
Hoje
Não mais sabemos.
E a falsa sensação de controle desaparece
Porque a vida é de um poder absoluto
Não se recorre, não se arrepende
Quando é ela que se coloca à sua frente
E muitas perguntas para os que não a conhecem
Vida, morte, nomes diferentes para a mesma força
Perguntas
Vale a pena ficar de frescura?
Brigar, não ligar, sentir rancor?
Se um dia ela leva para não sei onde
Uma ilusão de vida da gente?

2 comentários:

principesca disse...

acabou de falecer uma moça de 18 anos colega de trabalho minha, por isso escrevi esse texto.

Lucas Afonso disse...

não vou te dizer nada
só quero que saiba que li seu texto.
adeus